Na Competição Internacional, o Grande Prémio Cidade de Lisboa foi entregue a Masha Chernaya, pelo filme The Shards, por ser, nas palavras do júri, "um filme que mergulha numa realidade definida não com a intenção de meramente a documentar mas com o propósito de lhe extrair um sentido através da poética organizada das suas imagens". Em ex aequo, Fire Supply, de Lucía Seles; e The Anchor, de Jen Debauche, foram distinguidos com o Prémio Cupra do Júri da Competição Internacional. Se o filme de Seles é "um gesto cinematográfico de artesanato radical, um folhetim urbano cómico e triste que reflecte a disfunção da vida nas grande cidades contemporâneas", Debauche traz-nos "uma viagem que combina imagens, palavras, revelações íntimas e a experiência da natureza, para expôr uma vislumbre único da alma de uma mulher e proporcionar um espaço para repensar a fragilidade psíquica".
Na Competição Portuguesa, o Prémio MAX distinguiu O Palácio de Cidadãos, filme de Rui Pires, que, "oferecendo um retrato cinematográfico detalhado da Assembleia da República Portuguesa, analisa os riscos e os desafios da democracia de forma cativante, espirituosa e perspicaz". O Prémio Sociedade Portuguesa de Autores do Júri foi para As Noites ainda cheiram a Pólvora, de Inadelso Cossa: "Ao navegar habilmente através de diferentes fragmentos de memória, procurando a verdade, o realizador traça a narrativa política do seu país", nota o júri. Já o Prémio Escola foi atribuído, pelo júri da ETIC a Estou Aqui, de Zsófia Paczolay e Dorian Rivière, por " [transmitir] com sucesso a dor, a resiliência e a esperança das pessoas".
Na Competição Transversal, The Anchor, de Jen Debauche, voltou a ser distinguido, desta vez com o Prémio Revelação Canais TVCine. Nota ainda para a Menção Honrosa que premiou Dad's Lullaby, de Lesia Diak, em que, "a vulnerabilidade, mais do que exposta, mais do que colocada ao serviço do cinema, é generosamente oferecida como fundamental elemento da vida". O Prémio Lugares de Trabalho Seguros e Saudáveis foi para Favoriten, de Ruth Beckermann, por levantar questões "particularmente oportunas para se pensar nestes tempos convulsos que precisam de mais integração e menos ódio", havendo ainda uma Menção Honrosa para Boolean Vivarium, de Nicolas Bailleul, por "retratar novas e cada vez mais comuns formas de trabalho, que nos atomizam e nos transformam em ilhas". Por último, o Prémio Fundação INATEL foi entregue a A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, filme que "dá relevo a pessoas, lugares, olhares, palavras que interpelam profundamente o espectador, com um poder de abalo que rompe as dimensões de tempo ou cultura".
A audiência também foi chamada a votar e atribuem-se dois Prémios do Público — o Prémio Legal Partners Direitos e Liberdades e o Prémio Doclisboa. Ambos os galardões foram para Por ti, Portugal, eu juro!, de Sofia da Palma Rodrigues e Diogo Cardoso.
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