Anunciados os vencedores do DOC Lisboa

Foram anunciados os vencedores dos prémios da 22ª edição do Doclisboa.

Foram anunciados os vencedores dos prémios da 22ª edição do Doclisboa.

Na Competição Internacional, o Grande Prémio Cidade de Lisboa foi entregue a Masha Chernaya, pelo filme The Shards, por ser, nas palavras do júri, "um filme que mergulha numa realidade definida não com a intenção de meramente a documentar mas com o propósito de lhe extrair um sentido através da poética organizada das suas imagens". Em ex aequo, Fire Supply, de Lucía Seles; e The Anchor, de Jen Debauche, foram distinguidos com o Prémio Cupra do Júri da Competição Internacional. Se o filme de Seles é "um gesto cinematográfico de artesanato radical, um folhetim urbano cómico e triste que reflecte a disfunção da vida nas grande cidades contemporâneas", Debauche traz-nos "uma viagem que combina imagens, palavras, revelações íntimas e a experiência da natureza, para expôr uma vislumbre único da alma de uma mulher e proporcionar um espaço para repensar a fragilidade psíquica". 


Na Competição Portuguesa, o Prémio MAX distinguiu O Palácio de Cidadãos, filme de Rui Pires, que, "oferecendo um retrato cinematográfico detalhado da Assembleia da República Portuguesa, analisa os riscos e os desafios da democracia de forma cativante, espirituosa e perspicaz". O Prémio Sociedade Portuguesa de Autores do Júri foi para As Noites ainda cheiram a Pólvora, de Inadelso Cossa: "Ao navegar habilmente através de diferentes fragmentos de memória, procurando a verdade, o realizador traça a narrativa política do seu país", nota o júri. Já o Prémio Escola foi atribuído, pelo júri da ETIC a Estou Aqui, de Zsófia Paczolay e Dorian Rivière, por " [transmitir] com sucesso a dor, a resiliência e a esperança das pessoas".


Na Competição Transversal, The Anchor, de Jen Debauche, voltou a ser distinguido, desta vez com o Prémio Revelação Canais TVCine. Nota ainda para a Menção Honrosa que premiou Dad's Lullaby, de Lesia Diak, em que, "a vulnerabilidade, mais do que exposta, mais do que colocada ao serviço do cinema, é generosamente oferecida como fundamental elemento da vida". O Prémio Lugares de Trabalho Seguros e Saudáveis foi para Favoriten, de Ruth Beckermann, por levantar questões "particularmente oportunas para se pensar nestes tempos convulsos que precisam de mais integração e menos ódio", havendo ainda uma Menção Honrosa para Boolean Vivarium, de Nicolas Bailleul, por "retratar novas e cada vez mais comuns formas de trabalho, que nos atomizam e nos transformam em ilhas". Por último, o Prémio Fundação INATEL foi entregue a A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, filme que "dá relevo a pessoas, lugares, olhares, palavras que interpelam profundamente o espectador, com um poder de abalo que rompe as dimensões de tempo ou cultura".


A audiência também foi chamada a votar e atribuem-se dois Prémios do Público — o Prémio Legal Partners Direitos e Liberdades e o Prémio Doclisboa. Ambos os galardões foram para Por ti, Portugal, eu juro!, de Sofia da Palma Rodrigues e Diogo Cardoso.

Partilha

Partilha

Top