Futurama com espetáculos no Alentejo

O Festival Futurama regressa ao coração do Alentejo para um novo encontro multi e interdisciplinar de imersão cultural.

O Festival Futurama regressa ao coração do Alentejo para um novo encontro multi e interdisciplinar de imersão cultural.


Com direcção artística de John Romão, o Festival Futurama está de volta com um vigoroso e diversificado programa no Baixo Alentejo, onde a arte, a tradição e a inovação se transformam num laboratório experimental e de cruzamento de linguagens artísticas abertas à comunidade.

Em Serpa (27 e 28 de Setembro), Mértola (5 de Outubro) e Beja (11 e 12 de Outubro), esta 3.ª edição celebra mais um ciclo contínuo da criatividade de artistas e de colectivos locais, que partilham no festival o seu amor à terra, ao território, à criação e à descoberta que é cultivada ao longo do ano em residências, numa programação que pretende ser colaborativa, inclusiva e transfronteiriça.

Concertos, espectáculos, performances, instalações, workshops e encontros são os ingredientes que tornam a dinamizar os espaços culturais, patrimoniais e naturais destas localidades, com apresentações inéditas, incluindo o Cantexto, projecto iniciado pelo Futurama que tem vindo a oferecer novas palavras e composições ao repertório do Cante Alentejano (em 2024, celebra o 10.º aniversário da sua inscrição enquanto Património Cultural e Imaterial da Humanidade, pela UNESCO).



A primeira paragem do festival, em Serpa, conta com a performance de dança "Para Onde Vamos?", que junta a coreógrafa e intérprete Filipa Francisco ao músico Nuno Cintrão e aos alunos da turma 10.º B da Escola Secundária de Serpa (27 de Setembro). Mas também com os espectáculos da encenadora Joana Craveiro, "Silêncios Persistentes" (27 de Setembro) e "Desver" (28 de Setembro), com produção do Teatro do Vestido, que reúnem dramaturgia, política e activismo; e a arruada vibrante tornada performance e caminhada sonora, nas ruas da cidade raiana, pelo Grupo Folclórico Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho e a Orquestra de Percussão Rufar e Bombar, cujo percurso termina no concerto de Cante Alentejano, do projecto Cantexto, com grupos de Beja, Serpa e Alvito (28 de Setembro).


Segue-se Mértola, vila onde cabem num único dia - 5 de Outubro - a experiência interactiva entre Os Espacialistas e os alunos da escola profissional ALSUD, na visita guiada à exposição "Caça-palavras: Caçar, Semear e Falar", e o concerto imperdível da artista multifacetada Tânia Carvalho com a compositora andaluza Rocío Guzmán. Ambas vão cruzar culturas, referências, estilos e influências, enriquecendo o diálogo artístico entre Portugal e Espanha, a partir do Baixo Alentejo. E, na primeira parte, contam com a participação de dois grupos de cante locais, o Grupo Coral da Mina de São Domingos e o Grupo Os Caldeireiros de São João. 


Beja é a cidade que finaliza em grande o circuito do Futurama deste ano, ao receber um alinhamento robusto, constituído por mais um encontro com o projecto Cantexto (11 de Outubro) e a arruada do Grupo Folclórico Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho e da Orquestra de Percussão Rufar e Bombar (12 de Outubro); e pelos espectáculos "Miquelina e Miguel" - onde o coreógrafo e bailarino Miguel Pereira convida a vivenciar um momento pessoal e emotivo, através da dança com a sua mãe, Miquelina, que sofre de demência (11 de Outubro) - e "Voltar, Voltar" - uma fusão emocionante de canto e dança na colaboração entre os renomados compositores e criadores catalães Aurora Bauzà & Pere Jou e o Coro de Câmara de Beja (12 de Outubro).

A capital de distrito oferece ainda uma instalação no espaço público desenvolvida pela artista visual Maria Imaginário com alunos da Escola Secundária Diogo de Gouveia; um workshop de dança dedicado à comunidade cigana e conduzido pela coreógrafa e bailarina Piny (11 e 12 de Outubro); e uma performance participativa dos Embaixadores Futurama, coordenada pela coreógrafa bejense Márcia Lança, que reflecte o envolvimento da comunidade e a criação artística conjunta (12 de Outubro). No último dia e a encerrar o festival, Pedro da Linha propõe um DJ set único entre sonoridades urbanas e lusófonas com o cancioneiro alentejano.

No Futurama, a entrada é gratuita e cada pessoa tem a liberdade de comparticipar com o valor que entender por actividade, de forma a tornar a programação o mais acessível e inclusiva possível.


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