Este filme é um coming of age na Mongólia contemporânea, onde acompanhamos a história de Ze, um adolescente de 17 anos que se encontra dividido entre dois mundos: o da sua experiência humana como adolescente, com os estudos e primeiras paixões, e a insólita responsabilidade de ser o líder espiritual da sua comunidade.
Um filme marcante, incisivo e visualmente cativante, O JOVEM XAMÃ é uma co-produção nacional, que teve passagem pelos festivais de Veneza, Toronto, e IndieLisboa.
O filme tem como cenário de fundo a cidade de Ulaanbaatar, capital da Mongólia, de onde a realizadora é natural. A cidade e a periferia assumem um papel de destaque no filme, seja através das paisagens dos yurts de Ulaanbaatar, ou através da fauna urbana e brutalista que permanece no centro da capital.
Esta dicotomia, de acordo com a realizadora, foi importante para estabelecer o imaginário do filme porque é nos distritos yurts que "está concentrada a grande maioria da população, mais de 60%. Os distritos yurts não são as margens, são a própria cidade de Ulaanbaatar." — afirma Purev-Ochir.
"O universo de Ze [personagem principal] está nos distritos yurts. O centro da cidade está ao longe, em segundo plano, envolto numa névoa de fumo. Simboliza o "Sonho Mongol" pelo qual a juventude mongol está a lutar, incluindo Ze". Para a realizadora, este filme também é uma tentativa "de dar voz à juventude, tanto na sua espiritualidade como em espírito".
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